sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

[Jo 4, 23-24]

     Na fidelidade construir o meu sim, tendo-Te como o Senhor e centro da minha vida.  Ser para o mundo o luzeiro e ao dissabor o devido tempero... quero adorar-Te pequenino e frágil, mas também em cada capela e altar, onde Tua presença é real e verdadeira, no sacrário, no irmão que habitas. Ali é o meu Santo dos Santos, agora não tenho diante de mim a Arca da Aliança, não mais ofereço holocaustos, mas da mesma forma posso adorar-Te. Pedes-me misericórdia, entrega e fidelidade... oblação, comprometimento, serviço e alegria. Que de mim irradie a alegria, fruto da contemplação. Que meu ser dobre-se, diante da manjedoura, da cruz e do altar... pois nascestes, viestes por amor me salvar!

    Naquela noite de teu nascimento, não havia ao Teu redor uma grande multidão, não estava ali um exército de adoradores. Naquela noite tinhas a companhia sempre certa de Tua mãe e Teu nobre pai sempre fiel e zeloso, ao Teu lado. 

  Pregando no templo, quantos atentavam-se às Tuas palavras? Ao contrário, eram rejeitadas e procuravam motivos para acusar-Te.  Sempre submisso, indefeso e envolto de sabedoria era o Teu servir. 

    Na Cruz, quem sabe não eram semelhantes às do nascimento, as Tuas memórias... Ali sim, havia uma multidão..., mas também não formavam um exército de adoradores. Poucos contemplavam e entendiam o Teu sacrifício. Rasgou-se o Véu e o céu em trevas ficou. Foi semelhante à sensação que se tinha antes do Teu nascimento. O pecado trouxe as trevas e nasceu a Luz do mundo. 

    Hoje formarmos um exército dos que lutam para estar contigo, para reviver e dar sentido ao Teu nascimento, à Tua morte e Ressurreição... nem conseguimos, mas não desistimos da luta, pois és Espírito, e devemos adorá-Lo em Espírito e em verdade! Ser uma multidão que reconhece o Teu senhoril e os poucos que como Maria permanecem sempre ao Teu lado. 

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